O uso regular de parques é chave para a saúde mental e física.

Esta é uma das principais conclusões do estudo “Impacto dos espaços verdes na saúde mental e física”, desenvolvido pelo Laboratório da Paisagem, Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho) e pelo Instituto Superior de Saúde (ISAVE). O trabalho envolveu 501 moradores da envolvência de áreas verdes municipais – e cruzou dados sobre proximidade, uso, perceção e impacto nos indicadores de saúde. Os inquiridos foram divididos entre quem vive a menos e a mais de 300 metros das zonas verdes.

As conclusões são claras: a proximidade física aos parques não se revelou estatisticamente significativa, nem em termos de sintomas psicológicos, nem na qualidade do sono. Por outro lado, a frequência de utilização dos parques foi identificada como fator determinante na melhoria dos níveis de ansiedade, stress e sono. A relação com a depressão, embora presente, mostra-se mediada por outras variáveis, como o rendimento ou a condição profissional.

Também no domínio da atividade física, o estudo confirma que a proximidade é importante: quanto mais longe as pessoas vivem dos parques, menos tempo dedicam por sessão à prática de atividade moderada. A regularidade no uso dos espaços verdes influencia positivamente os níveis de atividade física, sobretudo na vertente da caminhada e do esforço moderado.