Já te questionaste como surgem os nomes das operações policiais? De certeza que estás convencido(a) de que existe um departamento criativo que trata do assunto, não é?
Mas olha que não! Embora pareçam vindos de uma agência de publicidade ou encomendados de Hollywood…os nomes das operações são dados pelos envolvidos nas investigações. E podem ter inspiração em qualquer coisa.
Hoje reunimos a listinha de alguns dos mais…invulgares!
Gota d’água: laboratório que falsificava amostras e resultados da água
Limpeza Profunda: esta operação já teve vários capítulos. Há a Limpeza Profunda 1, 2, 3, 4 e 5! Trata-se de uma investigação a tráfico de droga nos aeroportos
Guns’n’Roses: a ‘Operação Guns’n’Roses’ remonta a outubro de 2011 e relacionava-se com a apreensão de armas
Carta Fora do Baralho: remonta a maio de 2011 e tem a ver com o desvio de correspondência.
Operação Fénix: já a ‘Operação Fénix’ remonta a 2014, altura em que a PSP desmantelou um gangue da noite que tinha sido desativado e reapareceu tal como a ave da mitologia grega que renasceu nas cinzas.
Operação e-toupeira: remonta a 2018 e investigava supostos subornos oferecidos a funcionários judiciais para a obtenção de informação nos processos relacionados com o ‘caso dos e-mails’. O ‘e’ é uma referência ao digital, o toupeira é um nome código para infiltrado.
Banana Mix: em 2009, a PJ desmantelou um grupo transnacional que se dedicava ao tráfico de cocaína. A droga, que vinha da América do Sul, era introduzida em Portugal dissimulada em paletes de banana e mandioca.
Remédio Santo: esta operação remonta a 2014 e está relacionada com uma burla ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) em mais de 3 milhões de euros, realizada por 18 pessoas, entre as quais médicos, farmacêuticos, delegados de informação médica e empresários.
Operação Cavaleiro: este foi o nome que a PJ chamou à investigação em que deteve Diogo Gaspar, o presidente do Museu da Presidência condecorado com o grau de cavaleiro.
Operação Danúbio: a GNR intercetou um grupo romeno que assaltava casas no Alentejo.
Livro Mágico: o SEF escolheu Livro Mágico para designar uma rede que conseguia a nacionalidade portuguesa para estrangeiros alegadamente nascidos nas ex-colónias da Índia com assentos e certificados de nascimento falsos.
Ártemis: escolheram a deusa da caça, para designar uma ação de fiscalização aos caçadores.
Operação Medusa: deteve suspeitos que se dedicavam ao furto de automóveis e os alteravam para venda no estrangeiro.
Aquiles: o herói grego que lutou na Guerra de Troia e cujo calcanhar era a parte frágil do corpo, designou a investigação da PJ em que detiveram elementos da PJ e da GNR, um tiro no seio das polícias.
Operação Matrioskas: investigou o dinheiro da transferência de jogadores russos para o União de Leiria.
Mãozinhas de Ferro: investigou carteiristas dos elétricos
Polvo: investigação acerca de uma teia que atuava em casas de diversão noturna
Pontas Soltas: sub-investigação que surgiu na sequência do caso Polvo
Chicote: era a peça usada no furto de automóveis
Dominó: a PJ deteve uma rede de tráfico de droga que se foi denunciando à medida que foram descobertos suspeitos
Offline: investigação sobre uma burla informática internacional
Fundo Falso: uma ação contra a fraude fiscal com recurso a faturas falsas
Cartão Gift: a PJ investigou a contrafação de cartões de crédito
Operação Morcego: uma operação de combate a crimes praticados à noite
Primavera Adiada: a primeira mega operação feita em Portugal relativa a tráfico de droga ficou conhecida por “Primavera Adiada”. A explicação para o nome da operação, que decorreu no antigo Casal Ventoso — bairro onde havia um grande mercado ativo de abastecimento de droga, é simples: era suposto ter arrancado na estação da primavera, mas a data foi adiada.
Tupperware: em 2007 a PJ anunciou a detenção, na Figueira da Foz, de duas mulheres suspeitas de tráfico de droga. A operação é denominada de “Tupperware“. Acontece que o modo de operação consistia em esconder o material estupefaciente em caixas de plástico, que eram depois enterradas na areia.
A título de curiosidade. No Brasil houve uma investigação a pastores evangélicos que estavam envolvidos em fraudes de vendas de veículos. Chamava-se “Operação Deus Tá Vendo”.